Após má fase no Bahia, Everaldo está a três gols de alcançar recorde na carreira

Após má fase no Bahia, ficando sete jogos sem balançar as redes, Everaldo está a três gols de alcançar recorde na carreira

Com 50 jogos pelo Bahia, o centroavante Everaldo vive um momento de paz na sua relação com a torcida tricolor. Ele estava numa fase ruim, de muitos questionamentos por parte da torcida e imprensa. Agora, o camisa 9 busca começar um novo momento no Esquadrão.

Na última rodada do Brasileirão, Everaldo marcou três gols na mesma partida, contra o Goiás. Foi primeiro atleta a fazer um hat-trick nesta Série A.

Fala, Everaldo!

Após a má fase no Bahia, Everaldo está a três gols de alcançar sua melhor momento da carreira. Em coletiva, atacante fala sobre resiliência para virar a chave
Foto: Letícia Martins/EC Bahia

Em coletiva no CT Evaristo de Macedo, o camisa 9 do Esquadrão comentou sobre a mudança de fase que está vivendo desde que chegou ao Bahia. Com 50 jogos, o artilheiro do tricolor na temporada chegou aos 17 gols, sendo 6 pelo Brasileirão.

Antes, Everaldo estava há sete partidas sem balançar as redes. Suas atuações passaram por questionamentos da Nação Tricolor e também da imprensa.

“Claro, atacante vive de gols, e comigo não é diferente. Dá um alívio, sim, marcar gols, mas sempre falo, o mais importante é o coletivo, são os três pontos, sempre. Particularmente para mim, fez muito bem, aumenta o nível de confiança, estava precisando muito disso, mas sempre coloco em primeiro lugar o grupo, o coletivo”, inicia.

E completa:

“Claro, teve alguns erros no jogo, dez gols têm muitos erros, tanto nosso quanto deles, mas foi um triunfo muito importante, um adversário direto, e agora é dar sequência no trabalho, tanto eu quanto o grupo”, ressaltou o atacante.

Foco para nova fase

Após a fase ruim, vem a fase boa. Em seguida, na coletiva, o atacante tricolor comentou sobre as críticas que vinha recebendo pelas baixas atuações.

“É chato, né?! Ninguém gosta de receber crítica, mas tem que ter resiliência e saber lidar com isso. Eu sou um cara, modéstia à parte, experiente. Tenho que ter a cabeça no lugar e focar no trabalho, não adianta ficar prestando atenção e buscando ver notícias fora”, diz.

Para Everaldo, o foco no trabalho foi importante para virada de chave na temporada.

“Algumas coisas que não levam a nada, pelo contrário, só prejudicam. Então eu sempre busquei focar no meu trabalho, dentro do que o professor pede e dentro do que o grupo pode oferecer. Me blindei nesse tempo, fiquei bem chateado, porque eu sei do meu potencial, o quanto eu posso contribuir para a equipe e as coisas não estavam acontecendo. Agora é dar sequência no trabalho, são três gols que dão uma confiança enorme para o atacante, a gente vive de gols e com os gols, a confiança aumenta”, completa.

Resiliência para bater recorde

Segundo Everaldo, a palavra para superar a fase ruim é resiliência. E pode ser isso que faça com que o camisa 9 do Bahia alcance um recorde. O atacante está a três gols de superar a melhor fase da sua carreira. Em 2019, ainda atuando pela Chapecoense, o atleta marcou 19 gols, sendo seu melhor momento.

“A palavra correta é resiliência. A gente sabe que, principalmente no Brasil, o camisa 9 é cobrado por gols. Claro que no mundo inteiro, mas no Brasil a cobrança é muito alta. E é normal e natural isso. Tem que saber lidar com isso, eu soube e sei lidar com isso. Dou atenção às críticas construtivas, críticas vazias entram por um ouvido e saem pelo outro. Mas construtivas recebi várias, de pessoas próximas de mim, e sempre dei atenção a isso e busquei sempre melhorar”, diz.

E finaliza:

“Palavra correta é resiliência, soube lidar com isso, óbvio que é difícil, complicado, chato, mas quando é crítica construtiva a gente consegue ver alguns pontos que talvez eu não consiga ver, enfim. Agora é, como falei, dar sequência no trabalho, foram três gols muito importantes, assistência, a gente conseguiu o triunfo. Importante, mas tem 12 finais pela frente para tirar o Bahia dessa situação”, avaliou Everaldo.

Sou Preto, baiano e soteropolitano. Apesar da formação técnica em Eletrotécnica, encontrei no Jornalismo o meu melhor caminho para me desenvolver profissionalmente. Busco sempre passar a verdade nos meus textos e a isenção nas informações. Espero que num futuro próximo, diria uma música baiana famosa: “Quem sabe um dia a paz vence guerra. E viver será só festejar”

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